Diversão para todas as idades, o Tivoli Park fez história no Rio de Janeiro. Originalmente situado no bairro da Lagoa Rodrigo de Freitas, o parque marcou a geração carioca dos anos 80 e 90.
Nomeado em homenagem ao Tivoli Gardens, um dos parques de diversões mais antigos e elaborados do mundo, o parque carioca não apresenta tantas semelhanças com o seu homônimo europeu. Isso porque o parque e mercado de Natal dinamarquês foi construído em 1583 e se mantém em funcionamento até hoje. Com brinquedos tradicionais e decoração assinada por ninguém menos que a joalheria Tiffany & Co, o parque europeu completou, em 2022, 180 anos desde a inauguração. Impressionante!
Tivoli Gardens (Imagem: VisitCopenhagen website)
Contudo, o parque das terras cariocas, embora sempre rodeado de burburinho e expectativa, tem dificuldade para se manter de pé por muito tempo. Seja na Lagoa ou na Barra da Tijuca, onde fez sua segunda edição, no Shopping Via Parque, entre 2020 e 2022, o Tivoli é cercado de mistérios. Entenda mais sobre a história do Tivoli Park neste artigo.
Tivoli Park nas décadas de 80 e 90
Referência de diversão em uma época sem as facilidades promovidas pela internet, o Tivoli Park foi o maior parque do Rio de Janeiro. Criado a partir do sucesso do antigo Circo de Orlando Orfei, o empresário circense decidiu expandir e investir no mercado do entretenimento.
Assim, com a inauguração em 1973, o parque rapidamente se tornou febre em meio aos cariocas. A fórmula do sucesso vinha, principalmente, da união dos dois principais fatores: brinquedos novos e arrojados para a época e a belíssima paisagem, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. Não apenas com o público infantil, o parque atraia adolescentes e jovens adultos que, por mais de uma década, tinham o lugar como diversão certa.
Cartaz original do Tivoli Park, inaugurado em 1973 (Imagem: Pinterest)
Roda gigante, montanha-russa com looping, o famoso circo Orlando Orfei, trem fantasma, cinema 180º. O Tivoli tinha até uma pista de kart e teve o seu auge durante toda a década de 80, onde atualmente fica o Parque dos Patins. Só que, no início dos anos 90, o parque começou a apresentar problemas fiscais, bem como uma série de acidentes que o colocaram na lista negra do município. Sem contar que tais acidentes trouxeram insegurança e diminuíram muito o volume de visitantes.
Foto da famosa montanha russa com looping, novidade para os anos 70 e 80 (Imagem: Pinterest)
Dessa forma, por fim, o parque teve a sua primeira e maior edição fechada em 1995, apenas para ser reaberto 25 anos depois, na Barra da Tijuca.
2020: A segunda edição do parque
Em 2020, com uma proposta compatível com a “geração Wi-Fi” da atualidade, o parque reabriu no Via Parque Shopping, na Barra da Tijuca. Cerca de 20.000 m² de espaço que abrangia mais de 20 atividades modernas, bem divertidas e algumas com pegada bem radical.
Por exemplo, prestando homenagem ao parque original, essa edição trouxe a Looping Star: a maior montanha russa itinerante da América Latina. Além disso, dentre o catálogo de novos brinquedos, o local apresentou:
- O Shockwave, um balanço que ergue os visitantes e completa um giro 360º ao atingir a sua máxima altura, 12 metros;
- Barco viking;
- A maior pista de bate-bate do Rio, com 200 m².
- Expresso do Amor, um carrossel em alta velocidade para 2 pessoas.
Sem contar os brinquedos clássicos, como o Evolution, Rotor e a Happy Mountain, montanha russa que remete à época do primeiro parque. Mas com tantos investimentos e atividades incríveis, por que, afinal, o parque fechou novamente?
Como em uma grande ironia do destino, a inauguração do local, em 2020, coincidiu com o auge da pandemia da COVID-19. E, este fato, com toda a certeza, causou impactos negativos no faturamento.
Ademais, o valor do aluguel da área, bem como o alto custo de manutenção dos brinquedos, acrescido das demais despesas elevou bastante o preço do ingresso, com o passaporte custando R$ 200 reais. Assim, em agosto de 2022, o parque começou a ser desmontado.
O futuro do Tivoli Park
No entanto, em nota oficial, o criador desta edição do parque, Frederico Reder, informa que o Tivoli não encerra, de fato, as suas atividades. Apenas que, devido ao alto valor do aluguel no Via Parque, todos os equipamentos seriam movidos de espaço e retornaria em 2023, para comemoração dos 50 anos da versão de Orfei. Contudo, o novo ambiente não foi divulgado até então.
Se a informação vai se concretizar ou não, somente saberemos em 2023. No que depender de nós, aguardamos ansiosos a volta duradoura do parque que ajudou a formar os contornos do Rio de Janeiro, como é nos dias modernos.
Enquanto isso, fique ligado por aqui para aprender tudo sobre a infraestrutura que o melhor bairro do Rio, a Barra da Tijuca, tem a oferecer.
