Com um tributo que remete ao início da companhia, o Cirque Du Soleil chega ao Rio de Janeiro para uma curta temporada de apresentações. A estreia do espetáculo Bazzar aconteceu no dia 08 de dezembro e vai até o último dia do ano. Isto é, até 31 de dezembro a trupe entrega um show incrível, na tenda montada no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
Após 3 anos sem retornar ao Brasil, o time circense chega com um show cheio de cores e movimentos quase sobrehumanos. Nele, acrobatas, patinadores, trapezistas, bailarinos desafiam a gravidade com uma plástica de tirar o fôlego. Primeiro em São Paulo e, agora, no Rio de Janeiro, Bazzar do Cirque Du Soleil tem sido ovacionado como um dos melhores shows do grupo. Veja, a seguir, todos os detalhes para você não finalizar 2022 sem vivenciar essa experiência única. Confira e corra porque está acabando!
Bazzar: entenda mais o espetáculo do Cirque Du Soleil
O espetáculo foi introduzido ao público, pela primeira vez, ainda em 2018 e conta com 33 integrantes internacionais, dentre os quais diversos brasileiros. Nesse sentido, a ideia por trás do show é contar a própria trajetória da companhia.
De acordo com Johnny Kim, diretor artístico do grupo, o tema revolve em torno do processo criativo de uma equipe de artistas para conceber um show. Então, todos os sets dos performers, bem como a integralidade do show demonstra a gradação e a evolução criativa. Até estruturar completamente um grande espetáculo. De fato, é muito bonito, com toques de poesia e lírica, bem característicos do Cirque.
Desta forma, o show tem elementos nunca vistos antes nas manobras arriscadas e altamente técnicas da companhia circense. Como por exemplo, o diretor cita o hairceau, um movimento de suspensão aérea pelos cabelos do acrobata. Além disso, a mallakhamb, um estilo de ginástica tipicamente indiano. Até porque, no lançamento, em 2018, foi na Índia que Bazzar foi visto pela primeira vez. E, nada mais justo do que contar com elementos inspirados naquela cultura.
A cultura brasileira é homenageada em Bazzar
Ainda mais, além dos tributos a culturas como a indiana e elementos inovadores, o Cirque Du Soleil também introduz no repertório do espetáculo a cultura latino-brasileira. Diversos músicos, como percussionistas fazem parte da apresentação, para levar ao show elementos da cultura e sonoridade baiana. Assim como colombiana e chilena. O percurssionista brasileiro Fred Selva é um dos que compõe o time de músicos e o último a sair do palco. Além dele, a orquestra é liderada pelo multimusico Lester Peredes.
Um pouco da história, origem e controvérsias do Cirque Du Soleil
Sem dúvidas, um sucesso inegável, o Cirque Du Soleil é uma companhia circense, com sede na cidade de Montreal, no Canadá. Criada em 1984 por artistas de rua Guy Laliberté e Daniel Gauthier, a história do grupo é permeada de altos e baixos.
O circo começou, na verdade, em 1980, quando um grupo de cerca de 10 artistas performava nas ruas da província de Baie-Saint-Paul, em Quebec. Esses artistas, dentre os quais estava Guy, encantou o público com sua arte, cuspindo fogo, em pernas de pau e a companhia foi tomando forma.
Contudo, apenas em 1984, a propósito do aniversário de 450 anos do descobrimento do Canadá, Laliberté criou um espetáculo intitulado Cirque Du Soleil. O nome “pegou” e ficou tão associado ao grupo, pelo público, que acabou substituindo o antigo nome “Les Échassiers” por Cirque Du Soleil. Os artistas, que já vinham buscando financiamento governamental para se estruturarem, receberam, então, um aporte de U$ 900.000 em subsídios e a empresa decolou, internacionalizando-se.
A derrocada e ressurgimento do circo
O auge do Cirque chegou com 5.000 funcionários e uma empresa reconhecida internacionalmente, que realizava shows por todo o planeta. Mesmo com um ticket elevadíssimo para o nicho, já no final dos anos 2000, o grupo passava por polêmicas e uma crise financeira que os fez entrar em dívida.
Com efeito, o circo se tornou tão gigantesco que passou a ter acionistas e, até mesmo, a possibilidade de abertura de capital. Na época, nem Guy, tampouco o governo canadense, que financiava a empresa, tinham interesse na venda das ações do circo, pelo receio da perda do controle criativo por outras empresas internacionais. No entanto, a administração conturbada foi deixando o grupo em dívidas, ao ponto de chegarem ao patamar de U$ 900 milhões de endividamento.
E, logo após, quando a pandemia da COVID-19 mergulhou a sociedade mundial na maior crise de mais de um século, inclusive, brecando por completo as engrenagens do setor de entretenimento, ninguém achava que haveria como o circo se recuperar. Com uma dívida monumental, sem possibilidades de fazer shows, a empresa foi obrigada a dispensar mais de 4.000 funcionários.
Nesse contexto, ou o circo se reestruturava por completo ou iria desaparecer. Assim, Laliberté vendeu a sua participação majoritária para Stéphane Lefebvre por U$ 1, 5 bilhões. E Lefebvre se tornara o CEO do Cirque Du Soleil, durante a restruturação, que recebeu um aporte milagroso de U$ 375 milhões por uma empresa de investimentos canadense, ao final de 2020.
A partir do retorno das atividades do setor, o circo retomou as turnês e vem, gradativamente, galgando o espaço como o maior grupo circense do planeta.
Compre o seu ingresso
Então, se você quer ter a experiência única de ver o Cirque Du Soleil em ação, na Barra da Tijuca, precisa correr para comprar os ingressos. Excelente passeio para adultos e crianças, nas férias, o grupo fica na cidade apenas até 31 de dezembro, com possibilidades altas de retorno, em 2023. Os ingressos estão à venda no site oficial. Corra para acessar, clique aqui e bom espetáculo!