O Autódromo de Jacarepaguá, localizado na Barra da Tijuca, por muitos anos foi o principal autódromo do Brasil, recebendo provas da Fórmula 1 e da MotoGP. Assim, conheça conosco um pouco da história desse lugar que faz parte da história do automobilismo brasileiro.
História do Autódromo de Jacarepaguá
Primeiramente, o projeto do Autódromo de Jacarepaguá surgiu pela necessidade de atender uma demanda por segurança e estrutura. Sem um local apropriado, as ruas da cidade do Rio de Janeiro eram os palcos das corridas de automobilismo local. No entanto, por colocar em risco a integridade dos pilotos e de toda a população que se reunia nas calçadas para acompanhar o espetáculo, dirigentes do mundo automobilístico e pilotos que ocupavam papéis de destaque, decidiram pela construção de um novo espaço para essas competições, a fim de proporcionar a todos conforto e segurança.
Por uma ocasião do destino, envolvendo o antigo dono do terreno, surgiu a oportunidade de desenvolver esse grandioso projeto em uma área localizada às margens da Lagoa de Jacarepaguá. Situada na Zona Oeste do município carioca, a lagoa consagrou e batizou o nome da pista.
Ayrton Senna, em 1988, correndo no Autódromo de Jacarepaguá
Assim, em 1965, as obras do autódromo foram concluídas, ainda que apenas em 1967 tenha ocorrido a sua inauguração oficial. Embora a pista estivesse pronta, o restante do complexo não foi finalizado, uma vez que o projeto inicial vislumbrava a construção de uma estrutura ainda mais completa.
O projeto elaborado inicialmente, contava não só com a pista, mas também com hotéis luxuosos, uma marina para iates e propunha a construção de uma série de praças esportivas, para a prática de, por exemplo, voleibol e modalidades aquáticas. Contudo, essas edificações ficaram somente no papel, visto que essas terras foram destinadas para a criação de um novo bairro, a nossa querida Barra da Tijuca.
O autódromo e o crescimento do automobilismo brasileiro
Todavia, isso não impediu que o autódromo fosse palco de vários espetáculos nacionais e internacionais. Novamente, visando sediar os maiores campeonatos, a pista passou por modificações, a fim de se enquadrar no regulamento do campeonato “grande prêmio Brasil”.
Desse modo, tanto os pilotos quanto os espectadores consideravam esse circuito um dos mais avançados da época. Isso porque o mesmo possuía uma topografia privilegiada, ao nível do mar, próximo às praias e ainda contava com uma pista plana. Facilitando assim acompanhar todos os pontos da corrida sem perder nenhum detalhe. Com isso, a primeira corrida foi simplesmente mágica para a história do automobilismo brasileiro, já que consagrou Emerson Fittipaldi com a segunda colocação, sendo ainda o primeiro pódio atingido por uma equipe brasileira na Fórmula 1. Incrível, não é mesmo?
Autódromo de Jacarepaguá
Sem dúvidas, o circuito de Jacarepaguá ficou marcado nas memórias de todos os amantes e apaixonados pelo mundo do automobilismo. Foi nesse lugar que vários nomes conhecidos mundialmente, como Ayrton Senna e Nelson Piquet, por exemplo, surgiram para conquistar títulos e escrever a história do automobilismo brasileiro.
Dessa forma, por anos, o autódromo foi hegemônico e dominante no cenário nacional, sediando o grande prêmio de Fórmula 1 do Brasil. Com toda a certeza, o maior campeonato internacional de corridas automobilísticas. No entanto, após acidentes trágicos e problemas com a organização do evento, o autódromo de Jacarepaguá ficou marcado negativamente pelas instituições que organizavam a competição. E, com o passar do tempo, se viu trocado, novamente, pelo Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
O abandono e o esquecimento do Autódromo de Jacarepaguá
Infelizmente, a Fórmula 1 retornou a São Paulo devido a alguns problemas encontrados pela organização do evento para a manutenção da corrida no Rio. O primeiro foi a cobrança de um alto valor para a realização da prova no Autódromo de Jacarepaguá – o custo encarecia muito a realização da etapa e fugia do valor considerado justo pela organização.
Além disso, em 1989, um acidente causou grande repercussão negativa a estrutura do autódromo do Rio. Onde o francês Philippe Streiff sofreu um grave acidente e criticou o atendimento realizado dentro e fora da pista. Assim, abalando ainda mais a relação entre a Fórmula 1 e os responsáveis pelo autódromo.
Mapa da pista do Autódromo de Jacarepaguá, entre 1978 e 1995
Devido a isso, a Fórmula 1 foi transferida pra o circuito de Interlagos já na temporada de 1990. Dessa maneira, a pista que era amada por todos os brasileiros entrou em decadência. Mesmo sediando outras modalidades, o autódromo perdera o grande evento da temporada – causando grande impacto assim a sua visibilidade e, consequentemente, a sua manutenção.
Em 2004, a pista passou por um processo progressivo de desativação, uma vez que a cidade do Rio e os seus governantes já tinham novos planos para o local. O antigo autódromo então foi transformado, tendo como objetivo se tornar um grande complexo esportivo para os jogos Pan-Americanos de 2007. Desse modo, o que restava da antiga pista foi destruído em 2012, sendo usado então para a construção de mais espaços destinos as Olimpíadas que seriam realizadas na cidade em 2016. Com toda a certeza, um triste fim para um dos autódromos mais importantes da história do automobilismo nacional.
O Autódromo de Jacarepaguá deu lugar a um grande complexo esportivo que foi usado para os Jogos Pan-Americanos e para as Olimpíadas do Rio
Feitos importantes que aconteceram no Autódromo de Jacarepaguá
- Vitória de Nelson Piquet em 1983;
- Dobradinha brasileira de Ayrton Senna e Piquet em 1986;
- Primeira corrida de Ayrton Senna no mundial em 1984;
- Estreia de um avançado sistema de câmbio semi-automático através do controle pelo volante, em 1989.
Outras categorias de corridas realizadas nesse autódromo
- Fórmula Indy, quando ainda era conhecida como CART;
- Etapas do Moto GP, entre os anos de 1995 e 2004. Inclusive, um dos maiores expoentes dessa modalidade, Valentino Rossi, correu diversas vezes no autódromo;
- O autódromo ainda recebeu corridas da Stock Car e da Fórmula Truck ;
Kart: onde tudo se inicia
Além de todas esses eventos, o Autódromo de Jacarepaguá tinha grande importância para o kart nacional. Com toda a certeza, a principal modalidade para a entrada de diversos pilotos no mundo automobilístico. O autódromo contava com o maior e mais complexo kartódromo do país.
Com isso, o Rio de Janeiro perdia um grande celeiro de talentos que poderiam ingressar no esporte e trazer alegrias para o país. Afinal, o kart é onde diversos pilotos iniciam suas carreiras até chegar as principais categorias. É através do kart que diversos jovens conseguem aprender o básico sobre como manusear um veículo, conhecer o seu comportamento e executar manobras e ultrapassagens.
Que tal ser piloto por um dia?
Infelizmente, o Autódromo de Jacarepaguá não existe mais, mas ainda é possível ter uma experiência cheia de adrenalina e diversão na Barra da Tijuca. O , localizado no Shopping Metropolitano, possui a pista mais moderna e desafiadora da cidade e, com toda a certeza, tem tudo para te fazer se sentir um piloto de Fórmula 1 por um dia.
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Com uma pista que foi inspirada no famoso traçado do Grand Pix de Mônaco, o Meta Kart conta com uma estrutura de primeira dentro e fora da pista. Então, não perca tempo e chame os amigos para conferir a melhor pista do Rio.
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Obrigado pela leitura e até a próxima!
